Passeio fotográfico

 

Relíquias históricas

Talvez seja uma ilusão ser tão apaixonado por cultura, dedicar tanto tempo a revirar os papeis envelhecidos pelo tempo. Talvez assumir a Presidência da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música seja apenas um sonho. Talvez. Mas eu vou pagar para ver. Creio que a vida é feita de sonhos, da esperança no melhor, da busca constante de aprimoramentos.

Eu sempre me lembro de Maria Eunice Pereira e Pina. Ela era uma dona de casa, com os filhos criados, renda miúda provinda de aposentadoria, e que bem poderia ter tocado sua vida para frente, passeado, aproveitado mais os netos etc. Mas ela optou pela cultura. Abriu as portas de sua casa para que um museu inteiro adentrasse, tomasse conta da sala, dos cômodos adjacentes, de sua sua inteira.

Hoje a Célia, sua filha, segue o mesmo caminho, gasta tudo que tem e o que não tem para manter o museu aberto. Quase não tem mais vida social, nunca mais passeou e vive privada de luxos e supérfluos.

Esses exemplos é que tornam a gente forte e ateiam fogo ao entusiasmo da juventude. A escritora Eliane Lage, em seu fabuloso livro "Ilhas, Veredas e Buritis" (São Paulo: Brasiliense, 2005, p. 344) escreveu: "Acredito que herança recebe-se dos pais e então passa-se para os filhos, se possível aumentada."

Se depender de mim, as gerações do futuro receberão intactas as relíquias de nossa história.

Adriano Curado

Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música

No último sábado, 26.10.13, em assembleia geral, fui eleito Presidente da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música (APLAM). Agradeço a todos que votaram em mim e comunico que farei o possível para fazer valer a finalidade da Academia, que é lutar pela cultura de nossa terra.

A presença do dr. Wilno de Pina e de Colandi de Carvalho, ambos com a saúde debilitada, só engrandece essa minha eleição.

A Academia tem trinta cadeiras, mas dez estão vagas pela morte de seus membros. Um edital será publicado em breve para preenchimento de tais vagas. Nossa entidade precisa ser composta por pessoas compromissadas com Pirenópolis, que estejam dispostas a somar esforços, pois há muito que se fazer em matéria de cultura por aqui.

A atual Diretoria ficou assim: Presidente, Adriano Curado; vice-Presidente, Alexandre de Pina; Secretário, Clemente Maciel; Tesoureira, Marieta Amaral.

Adriano Curado

Os senhores do ouro

 Quando, na primeira metade do século dezoito, foi encontrada a partícula de ouro às margens do Rio das Almas, logo a notícia correu longe. Para cá vieram grandes levas de garimpeiros, gente sem compromisso com nada além da ganância da fortuna instantânea. 

Eles eram qual nuvem de gafanhotos: baixavam num lugar, sugavam todos seus recursos naturais, depois partiam e deixavam a terra esgotada. Essa era a realidade protagonizada pela grande maioria de garimpeiros, a massa dos aventureiros que vivia em trânsito entre minas com prosperidade.

A Igreja Matriz de Pirenópolis

Mas para cá veio também uma minoria de "empresários" organizados, proprietários de centenas de escravos e com influência junto à corte portuguesa. Ele se utilizavam dos conhecimentos dos engenheiros de minas, possuíam concessão de cartas de datas minerais, pagavam com regularidade o quinto para a coroa etc..

A Igreja do Bonfim foi construída a mando de Antônio José de Campos

Qual ocorre com todo garimpo, o daqui também entrou em decadência. Nesse instante, aquela grande massa a que me referi logo juntou as tralhas e partiu. Era de se esperar uma debandada geral, com o consequente desaparecimento da povoação de Meia Ponte, como ocorreu em diversos outros lugares. Só que isso não aconteceu, pois muitos já haviam fixado residência definitiva às margens do Rio das Almas.

Garimpo no Rio das Almas

E por que aqueles pioneiros ficaram por aqui? Essa é uma pergunta que me intrica. Os senhores do ouro já haviam obtido lucro suficiente para arcar com as dívidas do empreendimento e já podiam retornar para casa. E mais ricos do que chegaram. Mas ainda assim não se foram. 

Um dos primeiros casarões de Pirenópolis

Aqueles homens muito ricos, com forte influência na corte, eram em sua maioria portugueses, e trouxeram de longe a família. Provavelmente ratearam entre si os recursos para a construção de um templo da proporção da Matriz de Pirenópolis e contribuíram também para a melhoria da vida na povoação.

A chegada das raríssimas mulheres brancas em Meia Ponte deve ter sido um grande acontecimento. Depois mandaram levantar sólidos e espaçosos casarões que muito lembravam as aldeias além-mar.

Casarões conjugados: a técnica é herança portuguesa

Um belo texto

"Aô, Goiás, mundão deserdado de gente, terra de lonjura. Fui dar uma voltinha de pedal, por detrás de um morrinho, destes que a gente avista da sacada de casa. Mas, quá, que mundão. Espingarda de goiano deve de ser boa por demais da conta, um tirinho deste de por detrás do morrinho tem que alcançar longe à ufa. Sai ao final do dia neste intuito e o trem de chão, num sobe e desce louco, nunca que terminava. O sol se foi e a noite se adentrou de tal maneira que o breu de tão envolvente só me deixou o facho de uma luzinha tremeluzente da lanterna que, graças a Deus, foi minha guia. 41 km e 3 horas de pedal finalizado numa cobertura de estrela tão grande que, minha Nossa Senhora nos proteja, me senti pequenininho. Não sabia se a estrela Dalva escorria sua prata para terra ou era a lanterna de um disco voador de tão brilhante. O tal dos vagalumes era dum tanto que só não confundi o céu com a terra porque estrela não pisca amontoada daquela maneira. Queria fotografar para vocês verem, mas uma luz como daquele rincão não se captura, é só lá mesmo. Cheguei tarde, todo doido, mas cheguei. Apois..."

Texto de Mauro Henrique Dias da Cruz

Frutas no quintal

Festa “Fleury Curado – do passado ao presente”

A organização da Festa “Fleury Curado – do passado ao presente” convida todos os Fleury e Curado, bem como amigos da família, a participarem do evento que acontecerá no dia 03 de maio de 2014. A festa terá um DJ, mas a maior atração ficará por conta dos próprios convidados. 

Assim, se você é músico, poeta, escritor, artista plástico etc., venha expor seu trabalho ou apresente um número musical. Para isso, solicitamos a todos aqueles que queiram se apresentar ou expor que fiquem atento para o período de inscrição.

A inscrição tem a finalidade de programar o tempo e o local, a fim de organizar as apresentações. Por isso, de antemão convidamos todos a participarem. Esperamos por vocês.

Texto Ana Ruth Curado Fleury Curado.

Biblioteca Estudantil Municipal

Dentro da Biblioteca Isócrates de Oliveira, que agora está espaçosamente distribuída no Centro Municipal de Artes e Músicas Ita e Alaor, no Largo da Matriz, agora há a Biblioteca Estudantil Municipal. Essa é uma grande iniciativa, pois a leitura pode significar a salvação para o jovem, sua libertação dos vícios com que a vida busca seduzi-lo.

A Biblioteca Estudantil adquiriu recentemente mais de 200 títulos, atendendo aos anseios do público infanto-juvenil e adulto. 

O local fica aberto das 9 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.

Jornada da Juventude

A Secretaria Municipal de Promoção Social recebeu para um café da manhã os padres da cidade e os jovens organizadores da Jornada da Juventude, onde o Prefeito e Secretários fizeram doações para o evento que acontecerá nos dias 15,16 e 17 de novembro. 

Parabéns pela iniciativa.

Adriano Curado

Chuva

Dia chuvoso em Pirenópolis! Cheiro de terra molhada. Começando a época das águas, os pássaros ficam mais alegres, o mato verde, o ar mais puro, a natureza agradece. Que venha muita chuva! 

(Texto da Secretaria Municipal de Turismo)

Alegria

Antônio Gomes Godinho, o Totozão, já quase nonagenário e sempre esbanjando alegria e vitalidade. A ele este blog presta sua homenagem.

Novas fotos de Pirenópolis

 

Filhotes de beija-flor

No quintal aqui de casa encontrei um ninho de beija-flor, que foi estrategicamente construído entre os espinhos de um limoeiro. Nele há dois filhotes. São minúsculos, medem centímetros. Tive que usar a lente macro para fotografá-los bem.

Adriano Curado

A ponte e o templo

"Minha querida Pirenópolis e a Ponte sobre o Rio das Almas, sua imagem povoa a minha infância, suas tradições permeiam a minha cultura, sua história compõe a minha vida pessoal. Eu faço parte de você, Pirenópolis, e você é parte importante de mim!"

 Fausto Jayme

Futebol

Dia das crianças

E para comemorar o Dia das Crianças, uma imagem da minha infância. A elegante senhora é minha mãe, Marta de Pina. Em seu colo está minha irmã, Poliany Pina Curado Fernandes, O menino de suspensório é o Alexandre Pina, filho de Hugo de Pina. E o garoto de blusa branca sou eu, Adriano Curado. A fotografia é de 1971, bodas de ouro de Lulu de Pina e dona Inácia Lopes, tirada no casarão do casal, na esquina da rua Direita com o Largo da Matriz, em Pirenópolis.

Adriano Curado

Convocatória da APLAM

A.P.L.A.M.

Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música

Rua Direita, nº 53, Centro Histórico, CEP 72.980-000

Pirenópolis, Goiás, Brasil.

academiaaplam@gmail.com

CONVOCATÓRIA

Na conformidade do artigo 4° do Regimento Interno da APLAM, estão convocados os Acadêmicos para uma reunião de Assembleia Geral a realizar-se no dia 26 de outubro de 2013, às 16 horas, no Teatro Sebastião Pompeu de Pina, localizado no Largo da Matriz, Centro Histórico, Pirenópolis-GO, com a obediência da seguinte ordem do dia:

1. Eleição da nova Diretoria;

2. Homenagem aos Acadêmicos falecidos;

3. Análise da reestruturação da APLAM.

Pirenópolis, 5 de outubro de 2013.

A DIRETORIA

Babilônia renovada

E quantas histórias há por entre essas paredes grossas, impenetráveis, indecifráveis da velha Babilônia! Parece até que o tempo estacou por lá e o relógio não consegue mais prosseguir. Quando olho para o parapeito de balaústres torneados, lá no alto da varanda, penso ver sinhazinhas e coronéis de velhos relatos de livros empoeirados. Mas é quando entro no casarão que minha surpresa aumenta, pois ali há vida e atualidade, como se as histórias de ontem criassem um enredo cultural para as gerações de hoje.

E é por tudo isso que eu me renovo em visita à fazenda Babilônia.

Adriano Curado