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sábado, 31 de agosto de 2013

O futuro da cultura pirenopolina




Houve um tempo em que respirava-se cultura cotidianamente em Pirenópolis. Havia clubes de leitura, duas bandas de música, pequenas orquestras, fartura de apresentações teatrais, imprensa pioneira etc. Por isso a cidade foi apelidada de “Capital da Prata”, “Berço da Imprensa Goiana”, “Atenas de Goiás”, entre outros.




Em época mais recente, compositores contemporâneos como Luiz de Aquino, Vasco de Siqueira, Tonico do Padre etc. souberam manter viva a chama da cultura local. E que dizer de Ita e Alaor, Pérsio Forzani, Benta, Ico, Marieta e tantos outros?



Mas o tempo passa, e as novas gerações precisam ser estimuladas a produzir também, a deixar seu nome no panteão da memória pirenopolina. Se o jovem deixar apagar a chama cultural, tudo que se fez para traz estará perdido.




O Centro Municipal de Artes e Música Ita e Alaor, localizado no Largo da Matriz, é uma ideia muito feliz e tem tudo para ser bem sucedida. Fico feliz quando vejo um administrador focar suas ações na área cultural. Atitudes assim são cada vez mais raras neste país tão pobre de conhecimento.




A ideia é disponibilizar o espaço para que a juventude se dedique a atividades artísticas, principalmente a música; e do projeto poderá nascer um novo gênio musical igual a tantos que já pisaram o solo meiapontense. 




Levar a Biblioteca Municipal Isócrates de Oliveira para o mesmo espaço também foi uma feliz decisão. Eu sempre torci o nariz para a localização da biblioteca fora do Centro Histórico e em um espaço improvisado no interior de um prédio pré-moldado da década de 1980. Não condizia com a grandeza da biblioteca. Agora os livros estão em local arejado, amplo, bonito. O prédio foi reformado recentemente e cheira a cera e tinta fresca.



Não se "inventa" um gênio como Tonico do Padre, obviamente, mas podemos criar condições para que, existindo o talento, ele possa florescer no universo das manifestações artística.


Adriano Curado

* * *

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Foto muito antiga


Esta é uma das fotos mais antigas de Pirenópolis. O sobrado à direita é a Casa de Câmara e Cadeia, onde hoje há um restaurante. Depois vem o casarão onde morava Inhá Genu (matriarca de muitas famílias), e, mais acima, a Pensão Central. Depois não havia mais nada.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Pirenópolis representa cultura goiana no Brazilian Day



O Brazilian Day, que acontece nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, é o maior evento de aglomeração do Brasil fora do País. E nesta edição, Nova York conhecerá as Cavalhadas de Pirenópolis. O convite foi feito após a participação de Pirenópolis em exposição fotográfica realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em novembro de 2012.

De acordo com o secretário de Turismo de Pirenópolis, Sérgio Rady, cerca de 1,5 milhão de pessoas conhecerão esse lado da cultura tradicional goiana nas ruas de Nova York. “Estaremos com 25 representantes desfilando a nossa arquitetura colonial, a riqueza de natureza e tradição cultural que temos. O mercado internacional sempre se encanta com as belezas naturais e identidade cultural do nosso povo”, disse.

Em 2003, foi a vez de a França receber as Cavalhadas. E Sérgio Rady já confirma um próximo local. “No próximo ano, entre abril e maio, faremos uma exposição fotográfica e apresentação cultural em Berlim, na Alemanha”, afirmou o secretário sobre  convite feito pela Embaixada Brasileira na Alemanha.

Fonte site Goiás Agora

Cavalhadas de Corumbá de Goiás


As Cavalhadas da vizinha Corumbá de Goiás ocorrerão nos dias 6, 7 e 8 de sembro de 2013, a partir das 13 horas, no campo após a ponte. É uma grande festa, vale a pena conferir.

Adriano Curado

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Terra dos Pireneus (poema)


Terra dos Pireneus

Mexem comigo
esses becos de pedra
que a
luz das candeias
traduz em
nostalgia!
E que dizer do
casario que cochicha
confidências pelos
séculos afora?
Já fiz
tanta serenata
em janelas
que jamais
se abriram,
já escrevi
tantos poemas
que a ventania
espalhou por aí!
E ainda agora
me sinto o
menino que desce
no carrinho de
rolimã pela ladeira
do Rosário.
Tantas histórias,
tantas lembranças,
na Terra dos Pireneus.

Adriano Curado

Curso de fotografia


O Curso de Fotografia e Narrativas Visuais terá início amanhã, terça-feira, dia 27/08, às 17h, no Cine Pireneus. As inscrições serão feitas no local, mediante apresentação de cópia de RG, CPF e comprovante de endereço. Leve sua câmera. Os encontros serão sempre às terças-feiras. O curso tem certificação de 40h.

Gastronomia

A 2° Feira de Arte, Cultura e Gastronomia típica de Pirenópolis, aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de agosto, juntamente com a 5º Mostra de Bandas.






Fotos: Secretaria Municipal de Turismo

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Filme O Tronco




     O Tronco é um filme de 1999 dirigido por João Batista de Andrade, baseado no romance homônimo do escritor goiano Bernardo Élis. É estrelado por Ângelo Antônio, Letícia Sabatella, Chico Diaz, Rolando Boldrin e Antônio Fagundes. Foi produzido pela Raiz Produções Cinematográficas e filmado no Município de Pirenópolis.

Pintura de Pérsio Forzani retratando o filme

Sinopse

     O coletor de impostos Vicente Lemos (Ângelo Antônio) é enviado para um pequeno município da região norte de Goiás - atual estado do Tocantins. Lá, entra em conflito com o coronel Pedro Melo (Rolando Boldrin), seu próprio tio, por discordar dos métodos que este utiliza para manter o domínio absoluto das terras da região. O filho de Pedro, Artur (Henrique Rovira), é ex-deputado e ex-aliado dos coronéis sulistas. A discordância acaba fazendo com que os Melo e seus aliados coloquem fogo na coletoria de Vicente, o que faz com que este denuncie a família para a sede do governo. O governo manda uma tropa do exército para a região. Também envia o juiz Carvalho (Antônio Fagundes), que leva consigo uma ordem de prisão aos membros da família Melo. Os Melo reagem à prisão; Pedro é assassinado e Artur foge. O exército trata os capturados como escravos, prendendo todos os homens da família no antigo tronco da propriedade Melo. Enquanto isso, Artur reúne jagunços para iniciar uma verdadeira guerra contra os militares.

O elenco do filme


Elenco principal

Ângelo Antônio como Vicente Lemos
Antônio Fagundes como Juiz Carvalho
Chico Diaz como Catulino
Letícia Sabatella como Anastácia
Rolando Boldrin como Pedro Melo


A vila cenográfica


Prêmios

Festival de Brasília
Melhor filme (Comissão Brasil 500 anos)
Melhor ator coadjuvante – Rolando Boldrin

Fonte
site IMDB


Gravações


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Centro Municipal de Artes e Música e Biblioteca Municipal

Pirenópolis ganhou um espaço cultural múltiplo. É o Centro Municipal de Artes e Música e Biblioteca Municipal. Ali crianças aprenderão atividades artísticas, como tocar instrumentos musicais, e a Biblioteca Municipal Isócrates de Oliveira tem espaço amplo e diversificado. Parabéns à Prefeitura Municipal pela iniciativa.










quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Fogo no Frota


Fogo no Morro do Frota em 2011. Cuidemos para que isso não se repita este ano. A natureza agradece, e o ar da cidade fica melhor.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Cidade de Pedra












A maravilhosa Cidade de Pedra, na região dos Pireneus, através das fotografias do amigo Cristiano Costa.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Morro do Macaco


Para quem gosta de esportes radicais, veja essa escalada de tirar o fôlego no Morro do Macaco, aqui no Município de Pirenópolis.

Caniom do Abade


Nesta foto, o atleta Luiz Triers desce corajosamente pela garganta do Caniom do Abade.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Amália Rosa de Sá e Pina

SÉRIE BIOGRAFIAS

AMÁLIA ROSA DE SÁ E PINA


Amália Rosa de Sá e Pina (Pirenópolis 30/03/1944 – 11.8.2012) foi professora, assistente social, servidora do Poder Judiciário e praticante das artes culinárias.

Amália nasceu na fazenda de seu pai, no Município de Pirenópolis, que hoje pertence à família de Jorge Gonçalves. Era filha de Aguinaldo de Sá (Fiúco) e Ana Benedita Carvalho de Sá. Perdeu a mãe muito cedo, quando tinha apenas cinco anos de idade. Seu pai casou-se novamente com Djanira de Sá, que foi quem a criou como uma segunda mãe, com dedicação e zelo.

Aos 18 anos mudou-se para a cidade de Pirenópolis e foi estudar no Colégio das Freiras, onde formou-se no Magistério e lecionou por um longo período.

Casamento de Sérgio e Amália, em 19.2.1972. 
Da esquerda para a direita: 
Aloísio, Marieta, Sérgio, Amália, Aguinaldo e Djanira.

Casou-se em 19.02.1972 com o músico Sérgio Pompêo de Pina, filho de Aloísio Pompêo de Pina e Marieta Afonso de Pina, e mudou-se para Goiânia, onde deu à luz Mariana Aparecida de Pina e ao artista plástico Sérgio Pompêo de Pina Júnior.

Graduou-se em Serviço social (UCG) e trabalhou muitos anos no Juizado de Menores, exercendo o papel de assistente social.

Com o esposo e filhos

Em 1985 retornou à Pirenópolis e exerceu o cargo no Cartório do Crime. Aposentou-se em 1996. A partir de então, passou a cultivar com maestria a arte culinária, confeccionando deliciosos licores, doces e quitandas.

Faleceu em 11.08.2012 por insuficiência cardíaca. Já infartara em 1997, quando recebera três pontes de safena.


No exercício de suas atividades no Cartório do Crime, Amália foi exemplo de honestidade e competência. Sabia exercer com dedicação as tarefas que lhe eram conferidas, sem jamais receber qualquer repreenda. Tinha paciência com a burocracia judiciária, e atendia educadamente partes e advogados no balcão da escrivania, o que é raro hoje em dia.

É importante exaltá-la, pois o país vive tempos difíceis, onde estamos à cata de bons exemplos de competência e honestidade. Infelizmente, o homem público de hoje se esquece de suas obrigações e deixa para segundo plano o bem-estar coletivo.

Com o esposo, filhos e neto

Eu gostava muito de dona Amália. Tivemos uma longa convivência no Cartório do Crime, o escrivão era o Paulo Henrique Pompêo de Pina (o Garça). Eu era advogado e ela me atendia com prioridade sobre os demais. Mas antes contava um caso engraçado. Ninguém ficava triste perto dela, uma pessoa contagiante.

Com o filho Sérgio

Era uma pessoa de contagiante alegria, amiga de todos na cidade de Pirenópolis. Ao falecer, deixou entristecidos seus conterrâneos.

Adriano César Curado

Fonte:

JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas, Vol. I, Goiânia: Editora UFG, 1971.

Baseado no texto escrito pelo artista plástico Sérgio Pompêo de Pina Júnior e gentilmente cedido para esta publicação.

Minhas próprias recordações.

As fotos pertencem à família Pompêo de Pina e estão publicadas com autorização.


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