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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Corpus Christi

Foto Sérgio Pompeo

     Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa católica. É um evento baseado em tradições católicas. É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma "Festa de Guarda", isto é, para os católicos, é obrigatório participar da Santa Missa neste dia, na forma estabelecida pela conferência episcopal do país respectivo.

     Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas "cidades históricas", que se revestem de práticas antigas e tradicionais e que são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais.

     Em Pirenópolis, em Goiás, no Brasil, é uma tradição os tapetes de serragem colorida e flores do cerrado, cobrindo as ruas por onde passa a procissão de Corpus Christi. Também enfeitam-se cinco altares para a adoração do Santíssimo Sacramento e execução do cântico latino Tamtum Ergo Sacramentum. Esta procissão é acompanhada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e pela Orquestra e Coral Nossa Senhora do Rosário. É neste dia que o Imperador do Divino recebe a coroa para a realização da Festa do Divino de Pirenópolis, do ano seguinte.

Fonte wikipedia 

Foto Sérgio Pompeo

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Festival Gastronômico

     Imagens da ala pirenopolina do Festival Gastronômico na Praça Central.

















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domingo, 19 de maio de 2013

Domingo do Divino



     Chegou finalmente o Domingo do Divino! Cinquenta dias após a Páscoa, cá estamos nós na Festa de Pentecostes, com todos os exageros e excentricidades que a data requer. 


     Lá no alto, nesta manhã fria, há o contraste violento entre o vermelho das bandeirolas do Cortejo Imperial e o azul imaculado do céu de seca no cerrado.


     Há um ar de pompa e nostalgia que paira sobre a cidade, como requer todo Cortejo Imperial, desde os tempos dos impérios lá pela Europa. 


     Às oito horas sai o Imperador de sua casa e vai para a Matriz, seguido por dois longos cordões de virgens (criança vestidas de branco), banda de música, etc. 


     Às nove horas tem a missa solene cantada em latim pela Orquestra e Coral Nossa Senhora do Rosário, e ao término dela, sorteio do novo Imperador e mordomos. Quando o Imperador voltar à sua residência, distribuirá o alfenim verônica e também pãezinhos-do-divino aos presentes.


     Nesses três dias finais da festa ocorre a apresentação artística que revive a luta travada entre Mouros e Cristãos pela soberania da Península Ibérica durante a Idade Média. São as Cavalhadas de Pirenópolis, um espetáculo grandioso e cheio de pompas e circunstâncias, imenso teatro ao ar livre. A Banda Fênix acompanha ao vivo todas as carreiras, numa verdadeira maratona musical capaz de provar o músico mais resistente.


     A árias das Cavalhadas são:
  1. Galopes: Mouros e Cristãos;
  2. Quadrilhas: Violeta, Flor da Noite, Três Sossegados, Noiva Encantada;
  3. Valsa: durante o Batismo;
  4. Galope Final: Cavalhada acabou.


     Cada carreira e os diálogos que se desenvolvem estão pormenorizadamente descritos por Mauro Cruz em www.pirenopolis.tur.br.


Adriano César Curado

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sábado, 18 de maio de 2013

Sábado do Divino



     Hoje é o Sábado do Divino, e a cidade é despertada com os afagos melodiosos das bandas de Couro e Fênix. Corações se sobressaltam, a Grande Festa profana chegou!



     As ruas se enchem de cores fortes. E são muitos os brilhos, os sons, os poemas. Fogos pipocam no céu, os foguetes de rabo sobem numa espiral de fumaça e explodem lá em cima. Cá em baixo, as roqueiras balançam as entranhas da gente, fazem tremer o chão e o espírito tão acostumados, ambos, com essas festanças exageradas do lado de cá.



     Meio dia toca a Banda Fênix da lateral da Matriz. O povo se ajunta devagar, hipnotizado pelos sons mágicos dos instrumentos. E tem também o vendedor de balão, de pipocas, de algodão doce. O público aplaude, extasiado com mais uma festança.



     Mas a surpresa maior são os Mascarados, e eles não demoram a aparecer. A princípio vem um, dois, quatro, dez. E agora a rua já está cheia de cavalos enfeitados, de máscaras de boi, de roupas extravagantes.



     Mais tarde tem a última novena, com o Coral Nossa Senhora do Rosário que canta em latim. Depois, o levantamento de mastro, a queima da fogueira, a Banda de Couro, zabumbas, retretas. E já corre o povo para a beira-rio atrás da incansável Fênix, multidão que se aperta na rua do Rosário e disputa espaço no largo lá embaixo. Faz-se silêncio, expectativa... De repente, abre-se o ventre do céu e as estrelas da noite se misturam com os fogos faiscantes, chuvas de brilho que derramam encantamento, enlevo, contemplação, arrebatamento.



     Por fim, fecha a noitada de festas com a apresentação de As Pastorinhas, em mais um ano de tradição e cultura.

     Tudo isso compõe a Festa do Divino.


Adriano César Curado