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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Reflexão sobre trânsito
Mato, lixo e pichação . |
Quem trafega pela GO-338, entre Pirenópolis e Planalmira, depois que passa o posto da Polícia Rodoviária Estadual é surpreendido em uma curva com placas de 60 km. E o pior é que lá sempre está um veículo do Detran de Goiás com radares móveis, prontos para multar os motoristas.
Esse fato não mereceria atenção, caso a baixíssima velocidade tivesse razão de ser e o motorista fosse avisado com razoável antecedência. O sujeito está a 110 km/h (se não há limites, essa é a velocidade máxima permitida) e tem que frear abruptamente para não ser multado.
E o pior de tudo isso é que não há uma razão lógica para se transitar a 60 km/h naquele trecho. Não se trata de zona urbana, ainda não se chegou ao trevo e nem há travessia de pedestres no local. Cadê o estudo técnico para comprovar a necessidade dessas placas de sinalização?
A respeito, republico interessante artigo publicado no jornal Folha de Londrina:
"O poder público não pode instalar equipamentos de fiscalização eletrônica de trânsito nas cidades antes de um estudo técnico que comprove essa necessidade. O fundamento da nova ordem é que o motorista deve ser informado sempre que existirem os pardais, e a cobrança de multa só terá validade onde houver a sinalização indicativa na rua. Com efeito, esse equipamento não pode converter-se num captador de multas e sim prevenir o condutor de veículo, de forma a evitar acidentes. Assim, contempla-se a segurança dos cidadãos ao invés do propósito de arrecadação.
O próprio ministro das Cidades faz menção às queixas dos motoristas sobre a indústria de multas, daí a determinação agora baixada, que inibe a eventualidade de esse abuso oficial ocorrer - e quanto a isto há forte indicativo de que ocorra, porque as reclamações são generalizadas, em todas as cidades, a ponto de preocupar o Ministério das Cidades. Mais que isto, a medida impõe um freio na predisposição do poder público para instalar pardais a torto e a direito, quando um bom sistema de sinalização seria suficiente. O ministro Márcio Fortes vai direto ao ponto ao declarar que o objetivo é ''reprimir a ocorrência de infrações'', por meio da inibição que os mecanismos preventivos criam, e não instalá-los como armadilhas para multar infratores. O Ministério informa que está investindo em campanhas educativas do trânsito e demonstra que, se o condutor deve ser conscientizado, também os órgãos públicos pertinentes precisam fazer a sua parte. E essa parte é fundamental, porque se o motorista comete infrações, o sistema regulador do trânsito não tem ficado atrás em negligências." (Editorial. Boas normas do Contran para poder público. Folha de Londrina. Paraná. 26 set. 2006.)
No caso de Pirenópolis, há o claro indicativo de que se deseja surpreender o motorista, pois a primeira placa de abrupta redução de velocidade aparece de surpresa no final de uma curva e está escondida pelo mato. Cadê o caráter educativo? Por que o motorista tem que trafegar tão lentamente onde só há matagal?
É preciso que a população pirenopolina provoque uma discussão sobre a sinalização de trânsito no entorno da cidade. Através do debate pode-se chegar a ações justas e eficientes.
A primeira placa de redução de velocidade na saída da curva, escondida pelo mato |
Esse fato não mereceria atenção, caso a baixíssima velocidade tivesse razão de ser e o motorista fosse avisado com razoável antecedência. O sujeito está a 110 km/h (se não há limites, essa é a velocidade máxima permitida) e tem que frear abruptamente para não ser multado.
Logo após a curva, lá está a placa de 60km/h |
E o pior de tudo isso é que não há uma razão lógica para se transitar a 60 km/h naquele trecho. Não se trata de zona urbana, ainda não se chegou ao trevo e nem há travessia de pedestres no local. Cadê o estudo técnico para comprovar a necessidade dessas placas de sinalização?
Mato e pasto dos dois lados |
A respeito, republico interessante artigo publicado no jornal Folha de Londrina:
"O poder público não pode instalar equipamentos de fiscalização eletrônica de trânsito nas cidades antes de um estudo técnico que comprove essa necessidade. O fundamento da nova ordem é que o motorista deve ser informado sempre que existirem os pardais, e a cobrança de multa só terá validade onde houver a sinalização indicativa na rua. Com efeito, esse equipamento não pode converter-se num captador de multas e sim prevenir o condutor de veículo, de forma a evitar acidentes. Assim, contempla-se a segurança dos cidadãos ao invés do propósito de arrecadação.
O próprio ministro das Cidades faz menção às queixas dos motoristas sobre a indústria de multas, daí a determinação agora baixada, que inibe a eventualidade de esse abuso oficial ocorrer - e quanto a isto há forte indicativo de que ocorra, porque as reclamações são generalizadas, em todas as cidades, a ponto de preocupar o Ministério das Cidades. Mais que isto, a medida impõe um freio na predisposição do poder público para instalar pardais a torto e a direito, quando um bom sistema de sinalização seria suficiente. O ministro Márcio Fortes vai direto ao ponto ao declarar que o objetivo é ''reprimir a ocorrência de infrações'', por meio da inibição que os mecanismos preventivos criam, e não instalá-los como armadilhas para multar infratores. O Ministério informa que está investindo em campanhas educativas do trânsito e demonstra que, se o condutor deve ser conscientizado, também os órgãos públicos pertinentes precisam fazer a sua parte. E essa parte é fundamental, porque se o motorista comete infrações, o sistema regulador do trânsito não tem ficado atrás em negligências." (Editorial. Boas normas do Contran para poder público. Folha de Londrina. Paraná. 26 set. 2006.)
Zona rural sem travessia de pedestres |
No caso de Pirenópolis, há o claro indicativo de que se deseja surpreender o motorista, pois a primeira placa de abrupta redução de velocidade aparece de surpresa no final de uma curva e está escondida pelo mato. Cadê o caráter educativo? Por que o motorista tem que trafegar tão lentamente onde só há matagal?
É preciso que a população pirenopolina provoque uma discussão sobre a sinalização de trânsito no entorno da cidade. Através do debate pode-se chegar a ações justas e eficientes.
Adriano César Curado
Carros surgem na curva e são surpreendidos |
Placas dentro do mato |
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
A esquadra e os tupiniquins
A
esquadra e os tupiniquins
(reflexão)
Até que
o pessoal do DF descobrisse que logo ali, bem pertinho, detrás das
montanhas, havia um lugarzinho especial, cheio de cachoeiras
belíssimas, Pirenópolis era um lugar tranquilo.
Tranquilo
até demais!
Início da rua Direita |
Não
havia ainda acontecido o boom imobiliário motivado pela
bolha turística que se formou rapidamente. Os casarões
pouco valiam. Era a época dos quintais imensos, cheios de mangueiras
encorpadas e de galos músicos que despertavam a gente de madrugada.
Mais tarde, com as especulações imobiliárias, esses mesmos
quintais foram fatiados para ali construírem pousadas, restaurantes
etc.
Naqueles
tempos, festas populares mesmo só as tradicionais – a do Divino, a
Semana Santa, Morro dos Pireneus, Capela do Rio do Peixe. A
pasmaceira dominava as ruas e os hábitos pirenopolinos permaneciam
intactos. Se fosse antes, não vingarias projetos como o Canto da
Primavera, por exemplo.
Vou
falar um pouco sobre gastronomia. A comida nunca foi sofisticada por
estas bandas. No dia a dia comia-se o trivial, arroz com feijão,
carne de frango ou de gado, e raramente peixe. Verduras e frutas se
colhia na horta do quintal, então não era um bom negócio os
sacolões.
Minha
avó, já na entrada da casa dos 90 anos, me conta que em casa de
seus pais, ali pela década de 1930, comia-se fartamente alface,
tomate e cenoura.
Os tapuias na Festa do Divino de Pirenópolis |
O
empadão pirenopolino é uma delícia e diferenciado do da Cidade de
Goiás, mas esse prato por aqui era somente no final de ano,
preferencialmente na noite de Natal. Só agora, para satisfazer o
paladar dos turistas, é que serve-se empadão o ano todo.
Antiga rua do Rosário, hoje rua do Lazer |
A atual
Rua do Lazer, tão movimentada com bares e restaurantes, antes da década de 1990 não passava de um lugar comum, com residências e
vendas (pequeno comércio familiar) de secos e molhados.
No
início da rua, na parte de baixo, morava o médico dr. Cinval de
Carvalho, depois vinham as casas de Soquinho e Belinha, do seu Otávio
e dona Rosa, da família Figueiredo, da família Siqueira, da família
Jayme, e a da família Lopes, onde hoje está a Pousada Walkeriana,
etc.
Acredito
que aquela era a verdadeira Pirenópolis, porque depois da “invasão”
turística, inventaram uma outra cidade. Somos agora qual os
tupiniquins que se entusiasmaram com a multicolorida esquadra de
Cabral. Muito do que se faz aqui é voltado para o agrado do turista.
Não que eu seja contra o turismo, longe de mim. Mas entendo que a
cidade pode mostrar sua verdadeira face e agradar, em vez de se
enfeitar com penas coloridas e cantos sedutores.
Canto da Primavera na rua do Lazer |
Antes
que nos descobrissem por aqui, tínhamos uma vida pacata de
pasmaceira, dessa de cadeiras nas calçadas e serenatas, de bom papo
ao borralho do fogão a lenha e planos bem limitados para os padrões
de hoje.
Altares originais da Igreja Matriz |
Agora
que nos descobriram, nossa vida começa sexta-feira, quando os carros
descem em filas intermináveis pela Avenida Joaquim Alves e termina
no domingo à tarde, quando ele vão embora.
Que
sorte a nossa que aquela esquadra aportou em terras tão desoladas.
Agora somos civilizados e globalizados.
Adriano
César Curado
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
O futuro da tradição
Eis a
força inovadora que a tradição exerce sobre a juventude de nossa
terra! Por ocasião das festividades, os pirenopolinos se irmanam
para tocar adiante o legado dos antepassados e não deixar morrer
esse espírito de alegria cultural que a todos contagia. Ao empunhar
a bandeira cristã nas cruzadas teatrais das Cavalhadas de
Pirenópolis, a bela Marcela Curado Fernandes (foto) bem reflete essa
realidade.
Adriano
César Curado
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Reflexões sobre gastronomia
Se você é conhecedor da arte da boa mesa e deseja excelentes dicas de gastronomia, não pode deixar de visitar o site de Marcelo Saboia. Ali há críticas gastronômicas válidas, feitas por quem entende do assunto. No link dedicado a Pirenópolis podemos ler reflexões sobre bares, confeitarias etc, e sobre restaurantes. Mas há também críticas, pensamentos, entrevistas, dicas sobre bebidas e muito mais.
Fica aqui a sugestão.
Endereço: http://www.cronicas.taillevent.nom.br
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Memórias e viagens
No último final de semana, fui para Goiás, mais especificamente Pirenópolis. Pirenópolis é uma cidade histórica, uma das primeiras do estado de Goiás, também é a cidade natal da dupla sertaneja Zezé de Camargo e Luciano.
Pirenópolis, significa "a Cidade dos Pireneus", vem da serra que circunda a cidade que é a Serra dos Pireneus. Segundo os contadores da cidade, a serra recebeu este nome por causa da saudades dos imigrantes espanhóis, e da semelhança com a cadeira de montanhas entre a Espanha e a França, os Pirineus da Europa.Tombada como patrimônio histórico nacional, guarda na história seus casarões seculares e ruas de pedra, que tem muito na região.
Nos arredores, uma natureza exuberante, com cachoeiras, reservas ecológicas, parques e mirantes. Vale a pena conhecê-la.
Depois de acordar às 4h30 da madruga, contra a minha vontade, lá fui eu ainda com olhos “cheios de areia” pagar o “buzão” que leva à Pirenópolis… viajem cansativa, pois, como estava em Inhumas, são 2 onibus nada confortáveis até lá. A cidade é pequena, mas não se apegue a primeira impressão. Andando pelas ruas de pedras e casarões, me senti em outro século. Praticamente com vestidos e espartilhos, e uma rendada sombrinha para completar o cenário.
Após um café “pão na chapa suco de laranja”… fomos atrás de “onde deixar as mochilas e dormir”. O sol ainda estava tímido, nuvens de chuva no céu, o passeio não prometia.
Ótimo, aonde ir? Quando ir? como ir? Nos informamos das cachoeiras, várias, algumas free, outras pay to see.
Nos indicaram um passeio pelo Parque do Pirineus. Vista 360 graus da região, mais 2 ou 3 cachoeiras, vista do Morro do Cabeludo e mais o Cerrado Rupestre.
Por indicação, arrumamos um guia nota 10, o Adriano. Com sua super van, lá fomos nós. Toda a história da cidade no caminho, subindo morro… estrada de chão, Graças a Deus!
Primeira parada: um mirante com uma linda vista da cidade. Na volta, paramos lá para tirar fotos do pôr do sol, que também pode ser visto do topo do morro, a gosto do freguês.
Segunda parada: Cachoeira do Coqueiro (antes conhecida como cachoeira poço do inferno) e Cachoeira do Inferno. Ambas no ribeirão Santa Maria, não tem estrutura, pura natureza e uma breve trilha… vale a pena cada passo. Parada obrigatória para um mergulho gelado. Eu, claro que não mergulhei!
Terceira parada: Cerrado Rupestre, um cenário exuberante do serrado sobre as pedras.
Quarta parada: Cachoeira do Sonrisal, são 6 cachoeiras em sequência que formam um poço a cada queda. 2 km de caminhada leve e um bom mergulho em águas superrrr geladas. Dizem que a cachoeira ganhou este nome, por causa dos bebuns que iam se curar com um banho gelado em seus poços.
Adivinha! Nesta também eu não entrei…rssss
Quinta Parada: Pico do Pireneus, situado entre as cidades de Pirenópolis e Cocalzinho de Goiás, e tem 1385 metros de altitude. No topo existe uma capela dedicada à Santissima Trindade. De rochas quartizíticas, de origem sedimentar, tem mais de 1 bilhão de anos.
A subida não é fácil para principiantes, mas não é difícil para quem já faz este esporte. Não sei como o Adriano, nosso guia, subiu por um caminho alternativo, e chegou antes que nós. Até assustei, pois em um momento estava no fim da fila, depois, esperava lá em cima. A vista é magnífica, dá pra tirar fotos que parece que vc está em um precipício mesmo não estando… merece sim a visita, e a lingua de fora na subida. A visão é 360 graus. Se der, aproveite para curtir o pôr do sol de lá. No meu caso, a chuva não deixou.
Postado por Carina em Memórias e Viagens.