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terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Desafino da Primavera
Na minha modesta opinião, o Canto da Primavera não foi bom para a cidade. Falo isso porque todo ano esbarramos no velho e forte problema da falta de estrutura.
É trânsito infernal, sujeira, descontrole, e tudo isso somado à precariedade da segurança pública local.
Volto a mencionar aqui a urgente necessidade de um plano turístico a longo prazo para a cidade. Quem esteve lá no Cavalhódromo entende exatamente o que quero dizer. O fluxo de visitantes cresceu demais e já derrama pelos dedos dos gestores públicos, que assistem perplexos a tal fenômeno.
Até quando persistirão esses problemas?
É trânsito infernal, sujeira, descontrole, e tudo isso somado à precariedade da segurança pública local.
Volto a mencionar aqui a urgente necessidade de um plano turístico a longo prazo para a cidade. Quem esteve lá no Cavalhódromo entende exatamente o que quero dizer. O fluxo de visitantes cresceu demais e já derrama pelos dedos dos gestores públicos, que assistem perplexos a tal fenômeno.
Até quando persistirão esses problemas?
Adriano César Curado
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
13º Canto da Primavera
"O Canto da Primavera alia tradição à nova safra da música brasileira e, ainda, faz intercâmbio com o melhor da música contemporânea mundial. Representando Cuba e a América Latina, o hip hop do Cuban Beats All Stars é a atração internacional de 2012 e vai transformar o Campo das Cavalhadas em uma imensa pista de dança. Vindo de Pernambuco, o jovem pianista Vítor Araújo vem mostrando que a música de qualidade tem espaço no cenário nacional e nos corações de todas as idades. Conterrâneo do pianista e oriundo do movimento Mangebeat, Otto mistura ritmos brasileiros com eletrônico, raiz e modernidade. De São Paulo, a maior revelação da música brasileira dos últimos anos: o MC, cantor e compositor Criolo. Também da terra da garoa, o cantor, compositor e multi-instrumentista Marcelo Janeci chega para mostrar a nova cara da MPB.
A programação do Festival também honra a tradição da música brasileira. Do Rio de Janeiro, a Velha Guarda da Portela traz o melhor do samba produzido em solo tupiniquim. E para fechar o time de estrelas dessa edição, de Minas Gerais, Milton Nascimento faz um show especial, comemorando os 40 anos do Clube da Esquina e seus 70 anos de idade."
Fonte: pirenópolis.tur.br
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Plano Municipal de Turismo
Após vários encontros do Grupo Gestor, o Plano Municipal de Turismo pode ser entregue no final de novembro. Um estudo que teve a colaboração de todos os envolvidos na cadeia turística de Pirenópolis tem como foco alcançar um turismo sustentável e preparado para receber a Copa de 2014.
Desde o inicio, o projeto do Plano Municipal de Turismo é feito com técnicos do SEBRAE e com a participação de empresários, comunidade, representantes do poder público, Universidade Estadual de Goiás e Universidade de Brasília. Em fevereiro deste ano, o primeiro esboço do plano foi apresentado na Câmara de Vereadores para que todos tivessem conhecimento e pudessem colaborar com a sua criação.
No momento, o Plano Municipal de Turismo está em fase de inserção dos responsáveis pelas ações contempladas, e serão feitas reuniões setoriais divididas em: Cultura, Meio Ambiente e Infraestrutura/Políticas Públicas/ Turismo.
Essa é uma ação da Prefeitura de Pirenópolis através da Secretaria Municipal de Turismo em parceria com o SEBRAE.
Fonte: Site Prefeitura Municipal de Pirenópolis
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Crônicas de Pirenópolis ( I )
Quando eu
era criança, Pirenópolis vivia numa quietude imensa, dessas que
chegavam a irritar. Turistas só eram vistos em festas grandes, como
a do Divino ou a Semana Santa. Raramente alguém aparecia por aqui em
final de semana comum, e se viesse não tinha lá muitas opções.
A hoje
movimentada rua do Lazer não existia, o local era de residências e
alguns comércios de secos e molhados – as famosas “vendas”. As
cachoeiras e outras riquezas naturais não eram exploradas
comercialmente, e somente se chegava a elas por amizade com os
proprietários. Restava a opção dos acampamentos à beira rio, e a
areia perto do poção da ponte ficava cheia de barracas e imundices.
Hoje
tudo está muito diferente. A cidade voltou-se para a exploração
turística e é conhecida internacionalmente por isso. A festa do
Divino, por exemplo, que antes representava o auge das visitações,
agora não tem um impacto tão expressivo na economia municipal.
Após
essas transformações graduais, Pirenópolis se tornou aos poucos um
lugar que atrai visitantes o ano todo. Não há mais um dia na semana
sem hóspedes nos hotéis, sem cachoeiras movimentadas ou
restaurantes cheios.
Só que
esse sucesso todo tem um preço, e ele é caro. Os imóveis se
supervalorizaram e inflacionaram o mercado imobiliário, o que
provocou a cobiça dos proprietários de casarões, que preferiram
desfazer-se das relíquias de famílias e morar na periferia.
Boa
parte do Centro Histórico está fechada, suas histórias apagadas,
são casas de temporada. Os quintais imensos, povoados por galos
seresteiros, macaquinhos soin, mangueiras copudas, agora são
fatiados para a construção de novas casas. A paisagem urbanística
comprometeu-se pelo crescimento desordenado, constroem-se casas nos
morros sem obedecer limites do plano diretor. E que dizer da rede de
esgoto que nunca sai?
Além
das cercanias, condomínios fechados são aprovados e logo se enchem
de moradores novos. Isso significa que a cidade não para de crescer.
Quem conhece nossa terra quer morar aqui, aproveitar a vida ainda
tranquila do interior, longe da correria dos grandes centros.
Mas é
urgente reinventar uma nova infraestrutura municipal. O trânsito já
é ruim, as águas urbanas estão poluídas, o comércio avança sem
controle sobre as residências, segurança e saúde públicas são
deficientes. E por aí vai.
A
qualidade de vida pirenopolina clama urgente por uma política
pública – em parceria com o empreendedor privado – voltada para
o agora e o futuro, numa antevisão dos desafios que rondam as velhas
Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte.
Adriano
César Curado
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Programação geral Canto da Primavera 2012
QUARTA-FEIRA,
24/10/2012
08h às 20h - QG
Primavera (Teatro Sebastião Pompeu de Pina)
Credenciamento de
convidados, imprensa e realizadores
14h às 17h - Escola
Estadual Comendador Joaquim Alves de Oliveira
Oficinas Brasil Central
Music
Bateria, com Fred Valle
Baixo e improvisação,
com Marcelo Maia
Posters para shows, com
Daniela Hasse
Teclado: harmonia e
improvisação, com Santhiago Lamass
Viola Caipira: técnica,
composição e arranjos, com Ivan Vilela
Guitarra, com Faíska
19h às 19h45, em
frente ao Teatro Sebastião Pompeu de Pina
Cortejo: Banda Phoenix
20h às 20h45 - Teatro
Sebastião Pompeu de Pina
Solenidade: Abertura
Oficial
21h - Teatro Sebastião
Pompeu de Pina
Concerto: Vitor Araújo
Canto da Primavera (divulgação)
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás), divulga programação completa do Canto da Primavera 2012, festival que será realizado na cidade de Pirenópolis de 24 a 28 de outubro. O evento tem parceria do Sebrae, Prefeitura de Pirenópolis, Iphan, Idesa e a colaboração do Ministério da Cultura (MinC).
Oficinas de música
Nesta edição do Canto da Primavera serão ministradas onze oficinas, com renomados profissionais da música, a saber: Bateria, com Fred Valle; Baixo e improvisação, com Marcelo Maia; Teclado (harmonia e improvisação), com Santhiago Lamass; Djs, Cultura de Rede e Economia Criativa, com Rodrigo Barata, Tiago Pezão e Rafael Oops; VJ ( Conceitos e técnicas), com Leonardo Schenkel; Posters para show, com Dani Hasse;Percussão, com Marco Lobo; Canto (técnica Belting), com a cantora Andréia Vitfer; Viola Caipira (técnica, composição e arranjos), com Ivan Vilela; Prática de conjunto, com Cerrado Jazz Trio, e Guitarra, com o oficineiro Faíska.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
A escrava Maria (Conto)
Atada ao tronco por grilhões e calcetas que a imobilizavam completamente, a jovem Maria esperava pela execução da pena. Tinha ela dezesseis anos de idade e era uma linda escrava negra. Naquele momento aguardava em silêncio. Sabia que provavelmente seu senhor ainda distribuía ordens aos funcionários da fazenda e logo daria início à exemplar punição. E tudo porque, cambaleante de fome, resolvera deixar, só um pouquinho, o serviço de capina e chupar um caju ali no quintal. Ela até pensou em resistir, em não cair na tentação de morder o fruto proibido, mas aquele caju era carnudo demais, todo vermelho e com uma castanha que parecia um dedo que chama.
O pior mesmo é que nem teve tempo de saborear direito a fruta, pois logo o feitor apareceu, chicoteou suas costas e mandou contar para o deus da casa-grande. O barão ficou furioso com aquela rebeldia, principalmente porque poderia servir de mau exemplo aos demais, e ordenou que a acorrentassem ao tronco a noite toda, para ser açoitada exemplarmente no dia seguinte.
Hoje é esse dia seguinte!
Seu campo de visão era limitado, entretanto ela vislumbrava a casa-grande, o galpão da moenda de cana-de-açúcar e o armazém para guardar o algodão já descaroçado, e achava estranho que tão poucos escravos transitassem por lá. O vai-e-vem dos cativos deveria ser intenso àquela hora, alguns na condução dos carros de bois abarrotados de cana-de-açúcar, outros no caminho das vastas plantações do barão.
Atada naquela posição, ela podia ver perfeitamente a agitação no fundo do casarão de seus senhores, e notou que ali acontecia um movimento incomum, com pessoas que gesticulavam bastante, num entra e sai frenético. Será que aquele caju era tão importante assim?
Finalmente lá vem o feitor com a chibata na mão. Só em pensar na dor ela já se encolhia toda. Se tivesse esperado mais um pouco, logo a cozinheira chamaria para o almoço e agora não estaria naquela situação desesperadora. Mas a fome era tanta que resolvera comer o caju, embora já advertida várias vezes, e agora pagaria pela ousadia.
O feitor se achegou e ela fechou os olhos. Pensou em dizer alguma coisa, justificar o ato, pedir perdão. Inútil. Isso não mudaria a sentença.
Ocorre que o homem, em vez de chicoteá-la, destrancou os grilhões e falou:
─ Vá embora, você está livre. Uma tal Isabel alforriou todo mundo!
Conto de Adriano César Curado, publicado no livro "Chuva de Estrelas", Goiânia: PUC, 2011, p. 4
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Museu do Divino
“Desde
sua inauguração, o Museu do Divino vem melhorando o acervo com
peças da tradicional Festa do Divino Espírito Santo, muitas delas
foram adquiridas através de parcerias com os moradores da cidade
sensibilizados em manter nossa cultura. As pessoas fazem parte dessa
manifestação cultural, e nada melhor que ser parte também do lugar
onde esse evento é representado de forma tão natural aos
visitantes. Toda doação feita ao museu, recebe uma etiqueta,
informando a pessoa que a fez.
O museu
conta com a colaboração de pessoas que se preocupam em preservar
nossa cultura e manterem vivas nossas tradições.
Com
parcerias o museu vem melhorando seu acervo, muitas peças foram
doadas pelo Eduardo Tadeu do Nascimento (Sacristão), o Sr. Adelmo
Carvalho (Iphan) também foi responsável por várias doações para
o museu desde sua inauguração.
No final
do mês de setembro, o Colégio Estadual Senhor do Bonfim, doou duas
maquetes de Igrejas do município.
Nesta
manhã, 8 de outubro o museu recebe das mãos do Sr. Paulo Augusto
Curado uma roupa completa de cavaleiro mouro infantil, utilizada pelo
seu filho em uma apresentação escolar.
Para
completar esse objeto que poderá ser visto pelos visitantes, a Srta.
Myrian Rakeline Bauer, proprietária da loja Beleza Natural, doou um
manequim infantil.
A
Diretora do Museu, Sra. Kátia Neres de Oliveira , agradece a todos
os colaboradores, e informa que interessados em doar para o Museu do
Divino, que entre em contato através do telefone 62 3331-3763 ou
email: museudodivino@pirenopolis.go.gov.br”.
Fonte:
Agita Pirenópolis
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
O Convento de Mafra
Você já
teve curiosidade para saber o destino do ouro extraído de Goiás?
Pois saiba que considerável parte dele foi parar no Convento de
Mafra. Nos altares ricos em adornos está boa parte do solo
pirenopolino, que para lá foi enviado nas cangalhas das mulas, depois
embarcado em navios a vela e, por fim, usado na ornamentação .
“O
trabalho começou a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto
para abrigar 109 frades franciscanos, mas o ouro do Brasil começou a
entrar nos cofres portugueses; D. João e o seu arquitecto, Johann
Friedrich Ludwig (Ludovice) (que estudara na Itália), iniciaram
planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas. A construção
empregou 52 mil trabalhadores e o projeto final acabou por abrigar
330 frades, um palácio real, umas das mais belas bibliotecas da
Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e
incontáveis obras de arte. A magnifica basílica foi consagrada no
41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades
de oito dias.” ( 1 )
Para se
ter uma noção de sua grandiosidade: “O maior tesouro de Mafra é
a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e
uma coleção de mais de 36.000 livros com encadernações em couro
gravadas a ouro,graças à acção da Ordem Franciscana, incluindo
uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões. Abrange
áreas de estudo tão diversa como a
medicina,farmácia,história,geografia e viagens,filosofia e
teologia,direito canónico e direito civil,matemática,história
natural,sermonária e literatura. Situada ao fundo do segundo piso é
a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca
da Abadia de Melk, na Áustria. Construida por Manuel Caetano de
Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura. O
magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e
branco. As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas
laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes
encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento
ocidental dos séculos XIV ao XIX. Entre eles muitas jóias
bibliográficas, como incunábulos. Estes volumes magníficos foram
encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano de Sousa.”
( 2 )
E
enquanto isso, cá na distante terra dos Goiases, os negros eram
explorados até a morte para garimpar mais e mais ouro. Não havia
estradas, apenas picadas. Infraestrutura alguma era feita além da necessária à mineração e escoação da produção.
Adriano
César Curado
Fonte: ( 1 ) e ( 2 ) Wikipédia