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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música
terça-feira, 26 de outubro de 2010
A TAPERA DA RUA MATUTINA
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Canto da Primavera ( V )
No dia 16.10.2010, a Orquestra Goyazes foi o verdadeiro sucesso do fechamento desse festival de música, por isso merece um capítulo à parte neste espaço.
Sua esmerada apresentação no prédio do cinema levou o público ao delírio, como se pode conferir no vídeo abaixo. Fundada em 1999 por músicos oriundos da antiga Orquestra Filarmônica de Goiás, tenho por mim que sua apresentação foi o auge do evento.
O saxofone solista de Dilson Florêncio merece aplauso e exaltação. Esse músico, que estudou em conservatório de Paris, lutou pela criação de um curso de saxofone na UnB (Universidade de Brasília), e tornou-se o primeiro professor universitário no Brasil dedicado exclusivamente ao saxofone.
by Adriano César Curado
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Canto da Primavera ( IV )
As oficinas continuaram sexta-feira, dia 15.10.2010, e no sábado seguinte. Do show de Alice Galvão e Juraíldes da Cruz gostei bastante, mas o do Torre de Babel não posso falar, pois não consegui assistir por conta da fila para entrar. Uma pena.
Mas a apresentação da cantora Mônica Salmaso com a conjunto Pau Brasil foi maravilhosa. O teatro não cabia mais ninguém e tiveram de fechar as portas, para a segurança dos presentes, já que a estrutura do velho edifício não suportaria excesso de público.
O XI Canto da Primavera de Pirenópolis pode ser definido como um sucesso, no que pertine à qualidade musical das apresentações, mas uma lástima no quesito organização. Como a Agepel (Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico) foi a responsável por todo o evento, cabendo à Prefeitura Municipal apenas dar suporte, é àquela que devem ser dirigidas todas as críticas.
A palavra de ordem do festival é desorganização. Absoluta desorganização. Até o meio da tarde de terça-feira (12.10.2010), ninguém sabia ao certo quais seriam as programações e os locais de sua apresentação. Isso porque o folder somente foi distribuído na horinha de iniciar o primeiro evento.
Outro revés que acontece todo ano e a Agência não corrige é a truculência dos seguranças com o público, gente despreparada, selecionada às pressas e sem formação alguma. Vestidos de paletó preto, metiam a mão do peito das pessoas – aqui não pode passar!
A desinformação foi o maior pecado da Agência. Mudaram diversos eventos de lugar e não se dispuseram a orientar os perdidos. O show da Mônica Salmaso (dia 14.10.2010), por exemplo, era no Palco do Rosário, mas foi transferido para o teatro, só que não colocaram sequer um funcionário no primitivo local para avisar os que se orientaram pelo folder errado.
Outro erro. Marcaram a apresentação da Orquestra Goyazes na igreja Matriz às 10 horas de domingo, mas não observaram que o templo não é um museu, e a apresentação coincidiu com as missas. A solução foi improvisar o cinema. E adivinhe se mandaram alguém avisar lá na porta da igreja!
by Adriano César Curado
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Canto da Primavera ( III )
Dia 14.10.2010, as oficinas continuaram, com a presença do calor e a curiosidade patética de alguns. Contaram-me que faltou papel higiênico nos banheiros e que sequer serviram um lanche aos participantes. Cadê a Agepel, responsável pelo evento?
Johnson Machado e Duo 13 mostraram atuação extremamente profissional na execução das peças musicais e o público está de parabéns pelo silêncio impecável.
Para quem gosta de alta erudição, caiu como uma luva o espetáculo desses músicos sublimes.
Para quem não é tão erudito assim, os sertanejos serviram para balancear a equação. A jovem dupla Marcos Henrique e Santiel foi revelada no filme “2 Filhos de Francisco”.
Ouvi muita gente criticar a presença desses cantores no evento, mas creio que a diversidade musical é importante. A perpetuação da cultura está na quantidade de segmentos sociais que agrega.
Apesar de muitos torcerem o nariz, a casa ficou cheia e os garotos cantaram afinadinhos e encantaram.
by Adriano César Curado
domingo, 17 de outubro de 2010
CANTO DA PRIMAVERA ( II )
No dia 13.10.2010, uma quarta-feira pós-feriado, começaram as oficinas musicais com alguns mestres. O tempo é curto demais para uma efetiva troca de conhecimento e a amplitude dos caminhos da música inviabilizam qualquer resultado mais efetivo.
Entretanto, vale pelo convívio com bons músicos, pela experiência contada na sala de aula e pelo entusiasmo dos que se dispõem a ficar o restante da semana trancados numa sala.
E por falar em sala, as instalações físicas das oficinas foram horríveis, com um calor insuportável no Colégio Joaquim Alves, sem ar condicionado, e ainda a falta de controle do acesso de curiosos.
Às 20 horas começou o belíssimo espetáculo musical “O tal do quintal”, dirigido por Demétrio Pompeo de Pina, no prédio do teatro.
Essa singular peça veio com exploração de elementos da cultura popular dentro dum enredo bem costurado e diversificado.
Aplaudo com louvor a atuação artística das senhoras de xale, que emocionaram os presentes numa afinada cantoria da época dos nossos avós.
Que lindo! Deveríamos ter mais exaltação das tradições locais!
by Adriano César Curado
sábado, 16 de outubro de 2010
CANTO DA PRIMAVERA ( I )
O primeiro dia do XI Canto da Primavera foi 12.10.2010. E depois dos discursos, veio a parte boa, com apresentação impecável da Banda Pequi, que para mim é uma orquestra completa.
A única ressalva é que, na minha opinião, a abertura deveria ser com a Banda Fênix, para prestigiar nossa cultura local.
À meia-noite em ponto começou a serenata com os trovadores dos Pireneus, comandados pela afinada Mirna, na porta do teatro.
E na sequência o grupo saiu pelas ruas históricas da velha Meia Ponte, naquele relembrar saudoso de temos que não voltam mais. Sonolentas, algumas pessoas assomavam às janelas, meio sem entender que se passava.
Quem deu as caras recebeu uma canção de presente, das várias de sortido repertório dos cantores.
Não foram muitos os que se dispuseram a deixar a quentura da cama para apreciar boa música e recepcionar os trovadores, mas ainda assim valeu participar de tão comovente evento.
As candeias de luz amarelada derramavam uma certa nostalgia no ambiente, e eu tinha, a todo momento, impressão de que algum coronel apareceria de repente e convidaria a gente a entrar nalgum casarão e apreciar um licor de jabuticaba com sequilho.
A serenata saiu da porta do teatro, virou na rua Nova, depois na Direita, desceu a Rosário, subiu a Aurora e foi morrer na porta do Bonfim.
Um trajeto mais romântico e pirenopolino que esse, impossível. E por fim, todos recebemos as bênçãos simbólicas de N. S. Do Bonfim.
Essa foi a parte mais pirenopolina do Canto da Primavera, já que este ano não tivemos a apresentação da Banda de Música Fênix.
by Adriano César Curado