O rio agradecerá e as gerações futuras também! Salvem o rio das Almas!
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quinta-feira, 30 de setembro de 2010
POÇÃO DA PONTE
O rio agradecerá e as gerações futuras também! Salvem o rio das Almas!
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O CARCEREIRO E O TEMPO
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Enfileirados ao longo de ruas tortuosas, persistem os casarões ao perpassar do tempo, como se ainda esperassem uma invasão indígena. Seguem de mãos dadas no aguardo, às 21 horas, do toque de recolher do carcereiro da cadeia. Mas o carcereiro não mais está lá, nem a cadeia existe no velho Largo da Matriz
Ali adiante têm muros remendados com as pedras de muitas gerações. E cada povo carrega a pedra que melhor lhe convém, sem bem entender a amplitude do muro que vai edificar. O que será que cerca este muro, Deus meu, além da ânsia de conter a nós mesmos?!
Se no muro há portões que trancafiam nossos sonhos, melhor contornar que saltar, pois a altura do salto, quem sabe, é menor que a da queda. E se em algum época o portão se abrir, não percamos tempo com mesuras sem sentido.
Vamos entrar pela porta que nos convida e desfrutar das benesses de seus anfitriões. Pois ligeiro é o tempo, e afobado o carcereiro. Não demora que tranquem o portão e badalem o sino da velha cadeia.
Prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Pirenópolis (o sobrado ao lado da Matriz), cuja construção foi iniciada em 1733, no governo de D. Antônio Luiz de Távora, e que ruiu no início do século XX. No prédio da cadeia antiga havia um carcereiro que, pontualmente, às 21 horas tocava o sino para a mudança da guarda. Com o tempo, no entanto, o pirenopolino passou a associar o toque do sino à hora de se recolher (JAYME, Jarbas. Esboço Histórico de Pirenópolis. Goiânia: UFG, 1971, ps. 131/4).
A atual Casa de Câmara e Cadeia, situada próximo ao Poção da Ponte do Carmo, foi construída a partir de 1916. Depois de desativado o presídio e desocupado o local pela Câmara Municipal (por considerarem o espaço pequeno), o edifício se tornou o Museu do Divino.
by Adriano César Curado
terça-feira, 21 de setembro de 2010
CINE-TEATRO PIRENEUS
Hoje falarei um pouco do famoso Cine-teatro Pireneus. As três primeiras fotos retratam seu estado na atualidade.
O prédio localizado na rua Direita, em Pirenópolis, Goiás, foi construído em 1919 em estilo neo-clássico, para funcionar como teatro, pelo padre espanhol Santiago Uchôa. (1)
Em 1936, a fachada foi alterada para o estilo art-decô, por Antônio Puglisi, estilo artístico de vanguarda da época e mais condizente com a função de edifício destinado a cinema.
O primeiro filme com som foi “O médico e o monstro” (título original: Dr. Jekyll and Mr. Hyde, estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer / Loew's Inc., direção de Victor Fleming, 1941). Havia intervalos para café e fumo.
Nos anos seguintes, o cinema foi o maior sucesso da cidade. Da zona rural vinham pessoas montadas, que pernoitavam na cidade, apenas para assistir a uma exibição.
Com a difusão da televisão colorida, novidade gratuita que chegou em muitas casas pirenopolinas, o público se desinteressou pelo cinema, que entrou em decadência, e o Cine Pireneus exibiu seu último filme em 1975 intitulado “Leão do Norte” (Estúdio: Boa Vista Cinematográfica Ltda., direção: Carlos del Pino, 1974). (2)
Sobre esse filme, inclusive, é interessante constar que ele foi lançado nacionalmente no Cine-Teatro Pireneus, na noite de 26 de fevereiro de 1975, e que teve a cidade como locação e contou com vários moradores no elenco. (3)
Apesar de tombado dentro do conjunto arquitetônico do Centro Histórico de Pirenópolis, isso não impediu que, devido ao abando a que foi relegado, viesse o Cine Pireneus a ruir completamente, ficando de pé apenas sua velha fachada.
Depois de organizar uma parceria com o Governo Federal e a Prefeitura de Pirenópolis, com amparo técnico de IPHAN e patrocínio da TELEBRÁS, a Sociedade dos Amigos de Pirenópolis (SOAP) iniciou a obra de reconstrução do prédio. Optou-se por preservar a fachada original (que até hoje está lá) e construir um prédio novo, mais adequado aos dias atuais, embora com estrutura de madeira e poltronas de couro. A reconstrução do prédio teve início em 1999 e sua inauguração aconteceu em 23 de fevereiro de 2002. (4)
Numa parceria entre os governos Estadual e Municipal, foi inaugurado em 2010 o entroncamento cultural, uma área destinada a apresentações artísticas e encontros com esses fins, que inclusive tem um sobrado com bela vista da cidade.
O Cine Pireneus na atualidade também é palco de apresentações musicais durante o Festival Canto da Primavera, que ocorre em Pirenópolis no final de setembro de cada ano.
(1) Jayme, Esboço... (p. 154).
(2) Carvalho, Pirenópolis... (p. 42)
(3) http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=FILMOGRAFIA&lang=p&nextAction=search&exprSearch=ID=024318.
(4) Arquivo da SOAP
(5) http://www.cinemaiscultura.org.br/
Fonte:
CARVALHO, Adelmo. Pirenópolis coletânea 1727 – 2000 – História, turismo e curiosidades. Goiânia: Kelps, 2000.
JAYME, Jarbas. Esboço histórico de Pirenópolis. Vol. I, Goiânia: UFG, 1971
by Adriano César Curado
domingo, 12 de setembro de 2010
Alegria, apenas.
Relembremos nossa querida Pirenópolis. A primeira foto é uma parcial do rio das Almas, para ser mais exato, no poção da Ponte do Carmo.
Este cartaz é uma relíquia, para que gosta de antiguidades. Uma Festa do Divino na década de 1970. O cavaleiro é o Rei Mouro Luiz Armando Pompeu de Pina.
Casarão restaurado na rua Pireneus.
Casarão situado no antigo largo, hoje horrível praça Central. Ao seu lado a Pensão Central.
by Adriano César Curado